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O futuro da profissão de Intérprete e trabalhar na União Européia

A profissão de intérprete é hoje vista como uma profissão liberal, que requer grande dedicação e oferece excelente remuneração. Em particular, ela é tida como uma profissão promissora na União Européia, onde a carência se faz sentir até em idiomas mais correntes, tais como francês ou inglês.

Visando suprir esta carência que só faz crescer, a Comunidade Européia lançou uma série de vídeos sobre a profissão no âmbito da UE.

Você pode assistir estes vídeos aqui (em FR e EN).

Há duas modalidades para trabalhar na UE:

-como freelance, ou AIC – Auxiliar de Intérprete de Conferência (você precisa primeiramente prestar uma avaliação para que seu nome seja incluído na base de dados da UE de prestadores externos)

-como Intérprete de Conferências, contratado interno

Ambos atendem três instâncias da UE: o Parlamento Europeu (PE), a Comissão Européia (CE) e o Tribunal  de Justiça das Comunidades Européias (CJ).

Os requisitos, para ser intérprete em ambas as modalidade, são: possuir no mínimo um curso universitário completo (idealmente na área ou complementado por um mestrado na área, mas não é necessário); ter excelente domínio do seu idioma principal de expressão (isto é, aquele PARA o qual vai intepretar); e dominar em compreensão dois outros idiomas ou mais (A PARTIR dos quais vai interpretar). Não sei se ficou claro, mas o padrão é que intérpretes atuem apenas em um sentido, com um idioma de destino (por exemplo, um intérprete de inglês interpreta francês e alemão PARA inglês … mas nunca intepretará para francês ou alemão). Curiosamente… não há exigência formal de conhecer técnicas de interpretação. O depoimento dos intérpretes entrevistados nos vídeos que indiquei parece apontar que “uma vez lá dentro você aprende”

Para quem se interessar mais especificamente pela carreira, este site da UE (escolha seu idioma) pode interessar. E esta apresentação (FR e EN) explica a coisa bem explicadinha (é preciso autorizar pop-ups nesse site).

Algo talvez evidente, mas que merece ser lembrado, é que o português falado na UE é o português de Portugal e que as diferenças entre uma e outra versão do idioma são suficientemente importantes para não haver nem chances de que um intérprete de lingua brasileira trabalhe como intérprete PARA português na UE.

Leia também: artigo sobre a profissão de intérprete (en francês), divulgado por Fernando Campos Leza, no site letudiantfr.

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